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A anti-imagem estereotipada da cantora pop

A imagem é essencialmente estática com um cenário renascentista (frescos e altos relevos na sala, bem como a imagem do perfil da cantora).

O videoclipe inicia-se com o som de uma guitarra a tocar ritmicamente o som dos ponteiros do relógio, suavemente.

Mensagem de raiva por ter terminado a relação amorosa. Revoltada, fala nas cicatrizes que isso lhe causou e anuncia vingança (Há um fogo a começar no meu coração / Atingindo um estado de febre, está-me a trazer (d)a escuridão / Finalmente consigo ver-te de forma cristalina / Vá, atraiçoa-me e eu hei-de expor os teus podres).

A raiva e revolta com as circunstâncias e consequências do fim da relação.

As transições feitas nas imagens seguintes são lentas e suaves prendendo a atenção do espetador.

O cenário apresenta grande quantidade de copos de água em movimento contido.

Pouco depois, entra uma bateria marcando com o bombo a pulsação humana.

A postura da mulher, que embora procure mostrar um distanciamento físico, tinha-se tornado dependente, de um amor, que acabou, criou dor, raiva e desejo de vingança.

A cantora está sempre sentada numa cadeira de braços, antiga, de muita elegância; as vestes e penteado da cantora, estão datados – anos 60 do séc. XX.

Apenas, na sua postura, existe ligeira mudança do tronco, quando a canção passa para o refrão.
Nunca se vê a cantora de corpo inteiro com as curvas e postura que lhe são próprias e naturais.

A imagem, na generalidade, está em contradição com a mensagem da letra. Apenas a louça partida simboliza os sentimentos de raiva e vingança expressos na letra.

Letra contradiz mensagem da imagem que mostra uma mulher em pose, estática (“Vê como me vou embora com todos os teus pedaços / Não subestimes aquilo que eu vou fazer / Há um fogo a começar no meu coração / Atingindo um estado de febre / E está a trazer-me da escuridão”)