“Rolling in the Deep”, de Adele, 2011; “We found Love”, de Rihanna, 2011; “Wrecking Ball”, de Miley Cyrus, 2013 e “Chandelier”, de Sia, 2014.
Computador com ligação à Internet;
Projetor LCD de TV, com entrada VGA ou HDMI;
Colunas de Som.
Análise de videoclipe passo a passo
Atividade 1
- Introdução aos seguintes conceitos: violência (tipos e formas de violência); estereótipo; autoestima; dependência; sociabilidade; poder; amor; alienação; erotização; fetichização; solidão; abandono; sexismo;
- Visualização de um dos videoclipes, na íntegra;
- Mapeamento (produzido em interação) de símbolos, metáforas ou outras mensagens presentes nas narrativas do videoclipe (letra, música e imagem), destacando detalhes relativos aos indícios e práticas de violência;
- Conexão / desconexão entre letra, música e imagens no videoclipe;
- Visualização da versão UnMusic do videoclipe selecionado – sem a componente musical, emitindo só imagens e os sons reais da narrativa filmada do videoclipe;
- Reflexão crítica sobre o videoclipe, tendo em conta a violência presente na narrativa (tipo de violência, forma como se manifesta, imagens estereotipadas de género, especificamente as imagens da mulher);
- Visualização final de momentos do videoclipe, que retratem os vários indícios e manifestações de violência.
Atividade 2
1. Pesquisa de uma listagem de 5 novos videoclipes, em contexto de grupo, e preenchimento do formulário 1;
2. Identificação, a partir da análise semiótica dos videoclipes, das diversas formas de violência e dos momentos em que se detetam.
Outras atividades
1. Reescrever a letra de um videoclipe, expurgando-a de frases e/ou conceitos ofensivos da dignidade das pessoas;
2. Dramatização de partes de videoclipes, aplicando conceitos de autoestima e respeito pela dignidade humana;
3. Realização e produção de um videoclipe com letra, música e imagens originais, ou a reconstrução de um videoclipe, a partir de elementos já existentes.
Avaliação
Dependendo do contexto em que se processem as atividades propostas, podem ser avaliados os trabalhos, que vão sendo desenvolvidos, aplicados questionários que avaliem o impacto da experiência vivida e a mudança de comportamentos
Como selecionámos os videoclipes?
Utilizámos uma lista elaborada por uma das grandes referências da media musical, a revista Billboard [1], que, no final de 2014, a meio da década em que nos encontrámos, resolveu publicar aqueles que, para a sua equipa, foram considerados os melhores 20 videoclipes até então produzidos. Desses 20 videoclipes, selecionámos 4, que constituíram marcos de audiência na internet, e foram largamente disseminados em Portugal. Outro critério utilizado para a escolha foi a seleção de videoclipes cantados por mulheres, com mais de 500 milhões de visualizações, no canal oficial das artistas no YouTube, à data do início deste estudo, utilizando, como instrumentação teórica e conceptual, a semiótica [2] visual, musical e literária, procurando articular as três dimensões do videoclipe (letra, música, imagens) e compreender de que modo se relacionam com um determinado tipo de mensagem, sobre as relações amorosas, os seus contextos e vários tipos de violência de género.
⇧ [1] Billboard é uma revista semanal norte-americana especializada em informações sobre a indústria musical. Foi fundada em 1894, desenvolvendo unicamente conteúdos de música a partir dos anos de 1950.
⇧ [2] A semiótica estuda o processo dos signos e do seu significado na comunicação. Quando falamos em signos estamos a referir-nos à indicação, designação, semelhança, analogia, alegoria, metonímia, metáfora, simbolismo, significação e comunicação. A maioria destes signos estão presentes nos videoclipes em análise.
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